Quando se fala em Amazônia, a primeira imagem que vem à mente é a da imensa floresta tropical, com sua biodiversidade única e grande importância para o equilíbrio ecológico global. No entanto, o Brasil abriga outra riqueza natural de igual relevância, mas ainda menos conhecida: a Amazônia Azul. Criado na década de 2000, o termo faz referência à vasta Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil, que se estende por 5,7 milhões de quilômetros quadrados no Oceano Atlântico, do Amapá ao Rio Grande do Sul.
O título faz analogia à Amazônia Verde, em razão de sua imensa riqueza natural e sua relevância para a segurança e a prosperidade do Brasil, mas o conceito só foi popularizado em 2004, pelo Almirante de Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, então comandante da Marinha, em um artigo publicado na Folha de São Paulo, que alertava para a necessidade urgente de políticas para explorar e defender os recursos marinhos do país.
Amazônia Azul tem papel estratégico na segurança e na defesa do país, além de ser fundamental para o desenvolvimento da chamada “economia azul”, um modelo de crescimento que busca equilibrar o uso dos recursos marinhos com a preservação dos ecossistemas oceânicos. Isso inclui a pesca sustentável, o turismo marítimo e a exploração de recursos naturais, como petróleo e gás. Essa vasta área marítima sob jurisdição brasileira foi abordada em questão da primeira fase da Unicamp 2025.
Como é feita a proteção da Amazônia Azul?
A proteção da Amazônia Azul é responsabilidade da Marinha do Brasil, que utiliza tecnologias como radares, satélites e drones para monitorar suas águas e evitar invasões ou atividades ilegais. Em 2023, o Brasil ampliou sua Zona Econômica Exclusiva para 350 milhas náuticas, tornando-se o primeiro país a obter essa extensão.
A Amazônia Azul contribui também para a pesquisa científica, como no desenvolvimento de medicamentos contra o câncer, a partir de substâncias marinhas. A região tem previsão de crescimento superior US$ 3 trilhões até 2030, gerando milhões de empregos e impulsionando setores como aquicultura e energia eólica offshore.
Com informações de Educa + Brasil
Deixe um comentário