Em audiência pública no Senado Federal, o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento Júnior, reforçou a necessidade de manutenção dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM) diante das mudanças propostas pela reforma tributária. Segundo Nascimento, o modelo atual é crucial para garantir a competitividade das indústrias instaladas na região.
“Não queremos nada além do que já existe, mas defendemos firmemente que não haja retrocessos. Qualquer redução nos incentivos pode comprometer a viabilidade das indústrias na ZFM”, afirmo
Os impactos da reforma tributária
Nascimento destacou que a configuração dos novos impostos, como o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), pode reduzir significativamente as vantagens fiscais da ZFM, prejudicando sua competitividade. Sem esses benefícios, o executivo alerta para um possível êxodo industrial da região e até do Brasil.
“Se o Senado não corrigir o texto e garantir as vantagens comparativas da ZFM, muitas empresas podem abandonar Manaus e migrar para outros países, já que é o único local no Brasil onde a produção industrial se torna viável com as condições atuais”, ressaltou.
Importância dos setores industriais da ZFM
O presidente também detalhou a relevância dos cinco segmentos industriais representados pela Eletros, responsáveis por 97% dos produtos eletroeletrônicos fabricados no Brasil:
– Ar-condicionado: O setor é o segundo maior do mundo, atrás apenas da China, empregando cerca de 15 mil pessoas e contando com mais de 100 empresas fornecedoras.
– Linha branca: Todos os micro-ondas consumidos no Brasil são fabricados na ZFM.
– Linha portátil: Secadores de cabelo e chapinhas também têm produção integral no Amazonas.
– Linha marrom e informática: A Zona Franca de Manaus fabrica 100% dos televisores vendidos no Brasil e 45% dos bens de informática, incluindo computadores, tablets, smartwatches e fones de ouvido.
Nascimento destacou que esses números não apenas demonstram a eficiência do modelo da ZFM, mas também enfatizam sua importância para a geração de empregos e a competitividade do Brasil no mercado global.
“Manter os incentivos é preservar um modelo que gera empregos, promove o desenvolvimento regional e assegura a presença do Brasil em cadeias globais de produção”, concluiu o presidente da Eletros.
Com informações do Portal Único
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